Um dos principais erros nos negócios está em tratar toda a logística de armazenamento de produtos como uma peça secundária do empreendimento. Manter o processo de venda organizado e com um estoque saudável pode ser a diferença entre um cliente satisfeito e um consumidor cheio de reclamações.
Um risco que nenhum lojista quer correr: ter prateleiras vazias. Logo, abastecer o estoque é a saída. Dessa forma pode-se garantir que não vai faltar produto e o cliente não precisará passar no concorrente.
O problema surge quando o abastecimento fica acima do necessário, o que gera estoque parado. Além de não trazer retorno, estoque parado resulta em gastos com ocupação de espaço e tempo da equipe. Não dá para ser lucrativo em nenhuma das situações. A solução está em buscar organização!
Muitos lojistas prendem a atenção à organização da loja, mas apenas com o que está visível para o cliente. Os produtos na prateleira, a limpeza da loja, o uniforme dos funcionários, a iluminação…, tudo isso está no radar. O grande problema se encontra nos bastidores da loja. Uma bagunça!
Os especialistas em empreendedorismo dizem que a organização do estoque separa os adultos das crianças. Confira algumas dicas para garantir um estoque saudável e funcional.
Conheça seus produtos
O primeiro princípio para manter um estoque saudável é: equilíbrio. Ter poucas unidades de um produto que tem boa saída prejudica suas vendas. Por outro lado, ter produtos estagnados no estoque significa dinheiro parado e gastos com armazenamento.
Por isso, é importante conhecer o tempo de rotação de cada produto dentro do seu negócio. Identifique quais produtos vendem mais e precisam sempre ser repostos. Solte as unidades que estão paradas para gerar dinheiro e liberar espaço no estoque. Dependendo do ramo, como o de produtos perecíveis, a análise se torna fundamental para estimular a saída de mercadorias com prazo de validade mais curto.
Saiba onde está cada item
Um dos fatores mais importantes para manter o estoque saudável está na sua organização. Você precisa saber a quantidade de cada item, a qual grupo pertence, onde fica no estoque e qual o prazo da validade, além de outros aspectos que você julga importante. Ter um controle disciplinado facilita a percepção de perdas ou erros na compra. Além disso, a organização permite economizar tempo para encontrar o item desejado.
Tenha controle sobre o que chega do fornecedor e o que sai para a venda e a quantidade de cada item no estoque.
Com base no fluxo de venda e no prazo de recebimento do produto, defina qual deve ser a quantidade mínima no estoque para cada item. Por exemplo, você vende 5 camisetas vermelhas por semana. Então, o mínimo que você deve ter são 6 camisetas por semana. Tenha uma ou duas unidades a mais do que sua venda média semanal para garantir que sempre haverá produto disponível. Organize seu fluxo de estoque — chegada e saída de mercadoria — para que você tenha uma quantidade razoável disponível.
Quanto você gasta com o estoque?
Você já sabe que o estoque parado é custo, mas quanto gasta para sustentá-lo? Analise todos os custos de manutenção do estoque. Faça os cálculos de luz, limpeza, equipe humana, tudo o que tem influência para manter cada produto parado no estoque. Dessa forma você poderá perceber se é vantajoso ter um estoque elevado de determinado produto ou não.
Impulsione suas vendas
Produto parado no estoque pode ser entendido como dinheiro congelado, e não no seu bolso.
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Vamos a exemplos práticos. Eduardo está com uma quantidade de bonés parados no estoque. Mas ele ainda não sabe o que fazer. Ele primeiro pensou em realizar uma grande liquidação, baixar os preços e forçar a saída do produto. No entanto, dessa forma o lucro fica comprometido e não raramente causa prejuízos. Qual a solução para Eduardo?
Tornar esse produto um benefício para o cliente!
Monte um conjunto de itens relacionados entre si, ofereça um preço especial para os clientes fiéis e torne o produto encalhado no estoque um prêmio do seu programa de fidelidade. Eduardo pode oferecer ao cliente um benefício interessante — no caso o boné — e estimular a movimentação do seu estoque, tudo isso sem perder o lucro do seu negócio.
E se as vendas forem se mostrarem acima das expectativas, basta Eduardo comprar mais bonés?
É possível pensar um pouco além. Ofereça produtos ou serviços complementares, a famosa “venda +1”. Você sabe o que o consumidor está comprando, quais as necessidades e benefícios adicionais que o produto ou serviço implica.
Você já viu isso em outros negócios. Por exemplo, na loja de calçados que oferece meias e cintos para quem está levando um sapato. Ou nos comércios de artigos para camping que vendem repelente para o cliente que está comprando uma barraca. Os exemplos são muitos.
Caso você tenha um mini mercado, ofereça uma cesta de produtos para churrasco ao cliente que compra cerveja toda semana. Seu negócio é uma agência de viagens? Que tal vender um curso rápido de línguas para a família que acabou de fechar férias no exterior? Qualquer tipo de negócio pode usar essa estratégia.
O que o seu negócio pode fazer?